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sábado, 18 de agosto de 2012

as memorias de Rufus parte:1



"Ninguém nunca o viu sangrar..."
Entretanto sangrava. A vida parecia esvair-se de seu corpo junto ao expeço liquido rubro. Como fumaça, por mais que quisesse mantê-la, escapava-lhe entre os dedos.
Tão frágil tão quebradiça. Sim, senti-a partir lentamente. Caminhava na fraca linha entre a consciência e o desfalecimento, onde a fina névoa da exaustão o arrastava lentamente para as entranhas de um escuro abismo. Um murmúrio fraco  escapou de seus lábios pálidos. Seria o ultimo?
"Ninguém nunca o viu chorar..."
Entretanto chorava. Lagrimas involuntárias escapavam de seus olhos. Lagrimas amargas. Talvez por culpa da fumaça que fazia seus olho arderem como fogo e lhe sufocava pouco a pouco. Talvez devido a dor terrível atentando-lhe arrancar a sanidade, espremendo seus últimos suspiros de agonia.
Sim agonizava. Os dedos invisíveis e frios da morte pareciam apertar-lhe o pescoço, sua voz parecia chama-lo disfarçada entre o barulho ensurdecedor de metal se retorcendo, por quanto tempo mais?
Por quanto tempo mais ele poderia desejar que aquilo fosse um sonho...?
-Tem certeza que quer fazer isso?. A voz metálica soava através do aparelho de comunicação. Irreal, como se distante, longínqua, era como ele?
Sim era.
O sister ray só estava esperando sua decisão. Ele não podia ter duvidas. Não dessa vez.
-Tenho. Olhou adiante. Sua mão tremeu, titubeou. Mas sua vontade era firme. Teimosia? Determinação?
Já não havia mais meios de se diferenciar. Tudo estava confuso. Obsessão e ambição. Orgulho e desprezo. Visão e loucura.
-Fogo!. Apertou o gatilho e depois....
Silencio. O silencio mais mórbido que jamais precisara. Por quanto tempo mais reinara aquele silencio? Aquela anormal calma. Carregada de estranhos presságios.
Como os segundos que precedem uma explosão.
-Presidente Rufus! A Diamond Wealpon! Ela lançou projeteis em direção da torre da Shinrra! Cuida...
Apenas um chiado incessante, palavras incompreensíveis único som que se fez ouvir enquanto seus olhos estavam cravados naquele imenso clarão que aumentava.
O som das batidas desenfreadas de seu coração anunciaram a hora do fim.
E tudo o que se ouviu foi o som dos seus próprios gritos de dor misturados ao som das janelas se estilhaçando.
Dispensável foi oque pensou enquanto perdia sua consciência.
Totalmente obsoleto.
Que tipo de força aquele homem possuía para causar-lhe tamanho medo no passado? Quando olhava para ele via apenas um inútil cercado de um bando de bajuladores.
Desperdício. Apodrecendo a companhia lentamente.
Mas olhe onde está agora.
Ali deitado, usando seu terno mais bonito, seus sapatos mais lustrosos, sua gravata mais cara. O rosto feio e pálido. Tanta ostentação por alguém que não valeu nada. Patético!
Rufus segurou a vontade de olhar para o relógio. Merecia um crédito ao menos: quantas mentiras podiam inventar em suas odes ao morto! Quanto dinheiro havia sido pago para isso?
Afinal, todos sabiam que o Ex-presidente Shinnra não passava de um bastardo.
Que demorou demais para morrer.
Quando a cerimonia finalmente acabou e o caixão já estava a sete palmos da terra, Rufus permitiu-se dar um breve sorriso. Finalmente!
Ele havia se livrado de seu fardo. Mais se deu ao luxo de pensar o porque daquela felicidade afinal aquele era seu pai...bobagem!
Ele era apenas um bastardo, nada mais.
O homem cujo qual sempre temeu e desprezou finalmente havia sido levado pelas mãos frias da morte, ele não precisaria mais seguir suas ordens e ficar acordado até não poder como antes.
Finalmente a Shinnra era sua! Finalmente ele poderia mostrar sua superioridade.
(continua)

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